sábado, setembro 20, 2008

Um suposto suicido numa sexta-feria 13.




Sexta- feira 13 de Julho de 2007 ás 03h00min da madrugada fui chamado pra desvendar um novo caso. Chegando ao apartamento,no subúrbio,um homem caído no chão com um tiro certeiro no meio da testa,havia sangue nas paredes,no rosto e ao seu redor.De acordo com os policiais era um suicídio,mas tinha minha dúvidas..
No local fazendo minhas anotações, a pergunta do legista me chamou atenção:Como pode ser suicídio com um tiro tão certeiro? A questão me vez pensar, porta trancada assim como janelas e cortinas fechadas, a chave do carro no bolso do cadáver, significava que poderia ter saído antes ou estava pensando em sair, mesmo assim falta uma peça nesse Quebra-Cabeça.
Fui para casa, analisei os relatórios policiais,minha anotações e as fotos.Não satisfeito volto a cena,vasculho tudo,cansado sento-me numa poltrona fitando o balcão ao lado da TV percebo um falso fundo entre aberto.Aproximo-me e abro,vários antidepressivos,uma carta e um gravador ainda no modo de gravação.Leio a carta primeiro, o suicida descreve a sua angústia e o desejo do suicídio depois escuto a gravação fico perplexo ...ligo para o meu departamento.




Aviso-lhes que se tratava de um suicídio seguido por um assassinato.A vítima havia tido uma discussão com uma segunda pessoa,que não foi constatada por não ter indícios de luta na cena.Após uma pequena discussão entre os dois elementos a vítima foi ao quarto ,tomou altas doses de remédios, voltou á sala.O segundo elemento estava com uma na mão apontada pra vítima que percebeu tudo fechado o que impediria aos vizinhos escutarem seus gritos ou um tiro.Com um simples gesto o homem estava no chão,morto.Seu assassino desesperado pelo ato cometido,arma a cena para um suposto suicídio fugindo pela escada de incêndio sem ser visto.
Com a fita o caso foi resolvido junto com as pistas deixadas na escada pelo assassino, o que me impressionou e me deixou espatifado foi descobrir que o assassino era companheiro da vítima.


Lílian Parks.

sábado, setembro 06, 2008

A árvore e a flor.

Em um lugar quente com o solo quebradiço por causa da falta de chuva e com aspecto de deserto resistia uma árvore, robusta, grande e sem nenhuma folha, flor ou fruto somente o seu formoso tronco. Neste dia de intenso calor a árvore percebeu outro ser vivo uma pequena florinha brotando do chão. Impressionada com o pequeno ser que surgiu do nada começa a observá-lo.
A pequena criatura parecia frágil, delicada, mas tinha sua beleza com suas cores dando vida a paisagem remota. A árvore ficou divida com a alegria de ter uma suposta companhia e a curiosidade de como num solo tão infértil surge uma vida.
Pergunta a pequena flor como ela surgiu. A flor conte-lhe que não sabe, mas queria saber como a árvore conseguiu resistir tanto tempo sem água.
A árvore começou a contar a sua estória que antigamente onde estava era um lindo bosque, cheio de flores, borboletas, com um rio, esquilos, insetos, não tinha nenhum tipo de poluição, o lugar era harmoniosamente perfeito. Ate a ação antropica que veio destruindo as árvores, abrindo enormes espaços para pecuária, agricultura, depois abrindo mais espaços para indústrias, as quais contaminaram o rio com seus produtos químicos,sem contar a alta taxa de poluição no ar,quando o rio estava muito contaminado fizeram um desvio para construção de estradas que nesse ponto já havia além de indústrias habitações no local.Com o tempo essa ação foi afugentando os animais e a paisagem que antes era natural agora virou urbana,como o homem nunca dar-se por satisfeito e cada vez mais destruía sem perceber que além de fazer mau a esse lugar estava a si mesmo prejudicando.Com o extenso e mau uso da terra tornou a linda paisagem nessa savanização cuja a única forma de sobrevivência é a rara água das chuvas.

quinta-feira, setembro 04, 2008

A menina e o menino

Um menino de onze anos estava num canto só e aparentemente triste de cabeça baixa olhando para o chão, várias crianças brincavam nos balanços, gangorras, na caixa de areia e nos escorregadores.
Ouviam-se seus gritos e demonstrações de diversão.
No meio de tantas crianças, de tantas distrações uma menina notou uma figura solitária e cabisbaixa em um canto. Começou aproximar-se com cautela, parecia que o menino punhava-a medo, hesitando um pouco, mas envolvida pela curiosidade chegou ao menino.
A menina começa fita-lo com olhar analítico e a figura de cabeça baixa manteve-se na mesma posição se ter alguma reação.Depois de alguns minutos olhando-o, abaixa-se para ficar no mesmo nível,coloca a sua mão no rosto do menino e levanta a cabeça baixa ao fazer isso sente a pele dele que é macia e lisa,viu os olhos que eram um de cada cor, o direito verde e o esquerdo azul ambos claros.A menina começa a explorar o rosto com suas mãos,percebeu uma pequena cicatriz á cima da sobrancelha direita, o nariz delicado e arrebitado, a boca pequena com lábios carnosa, a pequena rachadura no canto, sobrancelhas longas e finas,o cabelo volumoso bem cuidado preto e ondulado,as orelhas, contornou todo o rosto oval.
Enquanto a menina o explorava ele apenas a olhava assustado com o ato, estava acostumado a ser ignorado afinal as crianças não o convidavam para brincar devido uma estória sobre ele, na qual ele seria uma aberração, um monstro que atacava as crianças no escuro aonde apenas seus olhos brilhavam antes do ataque,mas aos poucos ele percebeu que a menina não tinha medo e assim foi ficando mais calmo, então ele sorri.Depois de ter explorado o rosto a menina perguntou-lhe o nome,mas o menino não falava e com gestos,linguagem libriana,disse o seu nome,Rafael.Sem entender a menina levanta-se pega a mão do menino e o puxa num convite não verbal para brincar.

Lílian Parks